Ainda que não seja dada a devida importância por muitos, a mensagem do Sacrifício Divino já é conhecida pela maioria de nós, pelo menos os brasileiros. Imaginar alguém, que não merecia, morrer pagando pelo meu pecado, só me faz querer viver totalmente por esse Alguém. E mais uma vez, envolvido nos meus pensamentos sobre o amor de Deus, minha mente chega a Nárnia.
Faz um mês, mais ou menos, que pedi permissão pra Deus pra tratá-lo como Aslam. Antes de tudo, claro, permaneço com a Palavra e com as verdades que ela proclama. Mas a figura de Aslam, nas crônicas narnianas, retrata, a meu ver, com perfeição a essência de Deus e eu gosto de me imaginar como um aventureiro chegando a Nárnia, lutando pelos propósitos que Ele me deu para cumprir.
Aslam é imponente e o desejo do coração de quem ouve a sua voz não é outro senão obedecê-la: "Aslam...abriu a boca...só podia ser um chamado, e, fosse quem fosse que o ouvisse, desejaria obedecer-lhe, e (mais ainda) encontraria meios para atendê-lo." As Crônicas de Nárnia - O Sobrinho do Mago.
Mesmo imponente, não são poucas as citações, durante as 07 narrações da série que o mostram brincando com os meninos, pulando, correndo pela floresta...sempre com olhos de amor.
Quem sabe pelo uso das figuras mitológicas por Lewis, muita gente questiona se a série é realmente cristã. Creio que não há o que se questionar. Lewis decidiu escrever para crianças sobre o evangelho e essa foi a maneira, a qual eu considero bem feliz, que ele encontrou para transmitir essa mensagem.
Confesso que fiquei muito feliz, e principalmente surpreso, pela forma que a Disney transmitiu a mensagem de "O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa". Não acredito que seja pelo desconhecimento da real mensagem contida na história, mas o fato é que a Grande Produtora de Filmes, que muitas vezes transmitiu mensagens "infelizes", foi usada pra proclamar o evangelho de uma forma tremendamente maravilhosa.
A história, sucesso de bilheteria no cinema e record de vendas na literatura, retrata a história de um menino chamado de Edmundo que, traindo os seus, decide se unir à Feiticeira Branca (que simboliza o mal), indo contra o propósito que Aslam tinha para si (reinar coroado pelo Grande Leão).
Naquela terra, o sangue de todo traidor pertencia à Feiticeira e havendo Edmundo feito o que fez, a lei deveria ser cumprida. Porém, Aslam conversa com a Feiticeira e ela decide renunciar ao direito sobre o sangue de edMUNDO, desde que Aslam entregue sua própria vida.
Ele entrega sua vida e "ficou quieto, mesmo quando os inimigos rasgaram a sua carne". A Feiticeira achava que estava sendo vitoriosa e que o Grande Leão havia sido derrotado. Porém, a Feiticeira não conhecia a história por inteiro, pois "se uma vítima voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um traidor, a mesa estalaria e a própria morte começaria a andar para trás."
Acho tremendo essa leitura, do autor, do sacrifício divino. Edmundo aqui simboliza o próprio mundo e o fato de que nós, como sabemos, antes do sacrifício de Cristo, estávamos sob o domínio da lei e estávamos fadados ao inferno, "pois todos pecaram".
Apesar disso o Rei/o Grande Leão decidiu entregar sua vida em nosso lugar e nos redimir e com o seu sacrifício rasgou o véu em dois, dando-nos livre acesso ao Pai. Diz a narrtiva: "A Mesa de Pedra estava partida em duas por uma grande fenda, que ia de lado a lado...e...Aslam....vivo!"
Essa realidade é maravilhosa e está disponível a nós aqui também e não só no mundo de Nárnia. Pois como o próprio Leão disse: "Estou (também no mundo de vocês). Mas tenho outro nome; Têm de aprender a conhecer-me por esse nome...Foi por isso que os levei a Nárnia, para que, conhecendo-me um pouco, venham a conhecer-me melhor.".
Devemos aprender a conhecer melhor esse Deus que nos chama pra grandes batalhas, mas que também gosta de passar tempo com a gente brincando, correndo pela floresta, gastando tempo com a gente.
Eu decidi entregar minha vida totalmente ao Grande Leão e cumprir os propósitos para os quais ele me chamou. Pois, afinal de contas, o sacrifício que foi feito em meu lugar não foi qualquer um, foi de um Rei e esse sacrifício fez a própria morte andar para trás!
"Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos" Apocalipse 5.5
"Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho." 2 Timóteo 1.9-10
Random Thoughts by S. Kramer
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